jogo de domino em libras












Desempenho da Inclusão e sua Variante Frente Inclusão Metodológicas na Educação Básica.
Por Vanda aparecida de Goes

Frente aos desafios ocorridos com a inclusão farei um breve levantamento sobre a linha de tempo cronológica e a trajetória da historia da comunidade surda.
Antes do Congresso, na Europa, durante o século XVIII, surgiam duas tendências distintas na educação dos surdos: o gestualismo (ou método Frances) e o oralismo (ou método alemão). A grande maioria dos surdos defendia o gestualismo enquanto que apenas os ouvintes apoiavam o oralismo. Em 1872, no Congresso de Veneza, decidiu-se o seguinte:
• O meio humano para a comunicação do pensamento e a língua oral;
• Se orientados, os surdos lêem os lábios e falam;
• A língua oral tem vantagens para o desenvolvimento do intelecto, da moral e da lingüística. O Congresso de Milão, em 1880, foi um momento obscuro na Historia dos surdos, sendo que um grupo de ouvintes, tomou a decisão de excluir a língua gestual do ensino de surdos, substituindo-a pelo oralismo ( o comitê do congresso era unicamente constituído por ouvintes). Em conseqüência disso, o oralismo foi à técnica preferida na educação dos surdos durante fins do século XIX e grande parte do século XX.
Em plena Segunda Guerra Mundial , em 1920, antes da chegada dos nazistas ao poder, surgiu nos EUA na Alemanha um movimento da comunidade médica, com apoio das sociedades em questão, em prol da esterilização de doentes mentais e psicopatas criminosos incluindo os surdos. Em 1933, mais tarde na Alemanha passou da esterilização para a eutanásia, tanto por razoes econômicas, como por razoes ideológicas. Em 1941, era comum o uso de eutanásia nos hospitais, onde eram mortos bebês com deficiência, incluindo surdos.O fracasso do oralismo e da comunicação total atingiu os segmentos educacionais abrindo novas perspectivas, nas pesquisas elaboradas, na década de 1970 (PEDROSO, 2001, p. 4).No processo de busca de ações que respondam as necessidades educacionais da sociedade atual,ocorre a Declaração de Salamanca, (1996), que estabelece normas na perspectiva da educação inclusiva e defende o compromisso de a escola educar cada estudante, independente de sua origem social. A Língua Brasileira de Sinais foi oficializada no Brasil no ano de 2002 pela Lei n.10.436, de 24 de abril, (BRASIL, 2002) que dispõe sobre a obrigatoriedade do seu reconhecimento como língua da comunidade dos surdos conforme o Art. 1o e seu parágrafo único. De um modo geral, reconhece o bilingüismo como o caminho educacional para nortear a educação dos surdos nos pais. O processo de regulamentar e adequar o sistema de ensino da educação brasileira foi luta junta a frente parlamentar pelos colegiados, período que iniciou na Constituinte 1934 com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) onde foi citada pela primeira vez, em 1961 que observava a importância de um ensino com qualidade e igualdade, que vigorou ate a promulgação da mais recente em 1996. Nessa perspectiva, verifica-se que a orientação educacional no Brasil, ao originar-se ligada a questão do trabalho docente, conforme referiu Garcia (2002), educador distanciou-se de uma questão maior, a do sujeito histórico. Por conseguinte, a aplicação da lei definiu o fazer do orientador educacional, demarcando o seu espaço e os avanços nesse percurso, encontram-se inúmeros eventos de orientação Educacional realizado no Brasil com o propósito de discutir acerca do papel do orientador educacional, evidentemente, insere-se nesse contexto a preocupação deste especialista em definir e redefinir o seu papel ante os desafios da contemporaneidade.
Para entendermos mais a problemática que envolve esse especialista de educação, convêm observar a ação docente e a importância da inclusão da disciplina de LIBRAS, nos cursos de licenciatura. Como observa Carvalho, (2009), a difusão da atual retórica sobre as necessidades pedagógicas de uma educação de qualidade, que defende a obtenção de competências e habilidades para uma sociedade de consumo, vem esgarçando o ideal de formar profissionais educadores, voltados para difundir e cultivar princípios éticos ligados a virtude publicas. Em pleno séc. XXI, o sistema curricular voltado para formação de professores conforme nos alerta Anísio Teixeira (São Paulo, 1976), esta na contra mão do que anseia nossos ideais acadêmicos, a uma dicotomia entre as políticas publicas e as necessidades do cotidiano acadêmico. Essa discussão torna-se importante na medida em que se assume uma concepção de linguagem prevista pelo Decreto Federal nos 5.626 e que se faz presente em grande parte dos cursos de licenciatura e formação de professores desenvolvidos em nossos pais. Lacerda, Bernardino, 2009, acrescenta a necessidade de que, nossos níveis de ensino, processos informativos, venham a ser implantados para que se possa haver profissionais formados em cursos superiores e que estes tenham como objetivos garantir, se não a especialização profissional ao menos uma formação que possa discutir as diversidades desse espaço social, a fim que os processos descritos anteriores possam a vir se tornar uma realidade. Para tanto, se faz necessário que as atividades pedagógicas se embacem nas vertentes lingüísticas de nosso código de linguagem. Que todos possuam acesso em sua integra a língua de sinais para que não se perca a naturalidade e que ela deve ser inserida garantindo a evolução que vai permitir toda a aprendizagem futura, tornando-se uma ferramenta importante para lidar com a comunidade surda, suprindo questões relacionadas ao contexto escolar.O foco na formação de professores que atuam ou irão ingressar no magistério , possibilita que tenhamos um olhar reflexivo sobre os tipos e funções de mecanismos que podem auxiliar o professor na qualificação e aprimoramento de seu fazer pedagógico. Estudiosos da trajetória da educação em nosso país colocam em xeque a formação inicial dos professores, aonde se tem uma dicotomia entre os saberes e fazeres das ações docentes, questionando se a ação educativa e eficaz em uma sociedade em constante transformação, independentemente e após cumprir a carga horária de metodologia e capaz de por em pratica sua didática com conteúdos pertinentes a sua atuação na área de inclusão. Quadros, (1997). Salienta a importância da busca e da garantia de se ter uma língua própria de sua cultura, pois, a língua de sinais e uma língua natural da comunidade surda, adquirida espontaneamente em contato com pessoas que usam essa língua. Temas pertinentes a essa nova metodologia intensifica a consistência de mecanismos informativos tanto para a formação inicial quanto a formação continuada, para que o professor tenha condições efetivas de desempenhar suas funções e que, essas precisam ser alicerçadas numa pratica investigativa em que o professor se torna pesquisador de sua própria ação. A formação do professor precisa se constitui numa das prioridades a ser assumida pelo pode publico, criando condições reais para que o professor possa estar em constante processo de atualização. Novoa (1999); Abraham (2000); Archangelo, (2004). A conscientização nesse sentido e um teste da realidade, Quanto maior a conscientização, mais se descê-la a realidade, mais se penetra na essência fenomênica do objeto ante o qual encontramos para analisá-lo. Dessa forma entendemos que não possamos estar diante de uma situação assumindo uma posição falsamente intelectual. Freire, Paulo, (1974). Infelizmente os surdos de gerações anteriores as dos bebes de hoje não brincaram e não brigaram em suas línguas, sendo que muitos deles nem mesmo conheceram bebês surdos; dessa forma, o papel de um professor que saiba das trocas que podem ocorrer nas diferentes relações e condicional, pois e função dele reconhecer o surdo como parceiro, reconhecer seus saberes, assim como fornecer vivencias que não foram possíveis na sua infância. Kyle (1999). Mais do que a aquisição de língua e da linguagem do aluno surdo, podemos oferecer um lugar de acolhimento para duvidas, angustias, dessa forma a promoção de formação de profissionais para trabalharem tendo ação , reflexão e possibilidades . A presença do professor bilíngüe na escola se converte na melhor garantia de uma eficiente educação. ‘Obrigar um grupo a utilizar uma língua diferente da própria, mas que assegura a unidade nacional contribui para que estes grupos vitimas de uma proibição, se segreguem cada vez mais da vida nacional’. (UNESCO, 1954 apud SKLIAR, 1997, p. 145).
[...] ”Necessitamos construir um sistema educativo que supere a clássica contraposição entre razão e emoção, cognição e afetividade, e que rompa com a concepção – por nós tão conhecida, que atribui ao desenvolvimento do intelecto, dos aspectos cognitivos e racionais, um lugar de destaque na educação, relegando aos aspectos emocionais e afetivos de nossa vida a um segundo plano. Assim é que a educação tradicional e os currículos escolares, ao trabalharem de maneira puramente cognitiva a matemática, a língua, as ciências, a historia, etc., acabam por priorizar apenas um desses aspectos constituintes do psiquismo humano, em detrimento do outro, ou dos outros’. (ARANTES, 2003)”.

BIBLIOGRAFIA:

ABRAHAM, Ada. El universo profissional Del ensenante. Barcelona: Editorial. 2000,
p.21-29.
ARANTES, Valéria Amorim. Afetividade na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus Editorial, 2003.
ARCHANGELO, Ana. O Amor e o ódio na vida do professor. São Paulo: Cortes,
2004.
CARVALHO, Rosita Edler. Removendo Barreiras para a Aprendizagem. Porto Alegre: Editora Mediação, 2000.
FREIRE, PAULO, Conscientização. Bueno Aires: Ed. Busqueda, 1974.
GARCIA, Maria M. A docência no discurso das pedagogias críticas. In: Hypólito,
A. M.; Garcia, M. M. A.; Vieira, J. S. Trabalho docente: Formação e identidades.
Pelotas: Seiva Publicações, 2002.
KILE, J., O Ambiente Bilíngüe. Porto Alegre, Ed. Meditação, 1999.
LACERDA, C. B.F.de GÓES. M. C. R. de (Orgs).Surdez: Processos Educativos e
Subjetividade. São Paulo: Lovise, 2000.
NÓVOA, António. O Passado e o Presente dos Professores. Portugal: porto
Editora, 1999, p.13-21.
PEDROSO
QUADROS, R . Estudos Surdos. Ll série pesquisas. Ed. Arara Azul, 2008.
SKILIAR, CARLOS. A surdez:Um Olhar Sobre as Diferenças:Porto alegre: editora: Meditação. 1998.
TEXEIRA, A. Educação no Brasil. São Paulo Editora Nacional, 1976.

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Desempenho da Inclusão e sua Variante Frente Inclusão Metodológicas na Educação Básica. publicado 20/01/2011 por vanda goes em http://www.webartigos.com



vanda goes



professora pesquisadora que atua na area de aquisição linguistca e letramento , estudos e estruturas de linguas maternas dos grupos existentes em nosso país
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/57313/1/-Desempenho-da-Inclusao-e-sua-Variante-Frente-Inclusao-Metodologicas-na-Educacao-Basica/pagina1.html#ixzz1C2ZkdaXv

POEMA: ACREDITE EM VOCÊ










VOCÊ








NÃO  é  DO QUE o mundo é feito

 O que IMPORTA no  MUNDO  são IMPORTANCIA dos SONHOS



NÃO O QUE você é SER  ou como  ESTA

IMPORTA





ter alegria , DESCOBRIR   que somos  muitos apesar d  esermos todos iguais






Acreditar no  FUTURO   e   ter PAZ





 acreditar em VOCÊ

































SISTEMA PICTOGRÁFICO

Surdo-cego
Você deve se pegar imaginando como deve ser difícil para os surdos viverem no mundo dos ouvintes né? E o surdo-sego então como deve ser? Impossível? Com certeza não. Hoje em dia exitem vários métodos de comunicação que auxiliam essas pessoas.
Meios de Comunicação
INTÉRPRETES E LÍNGUA DE SINAIS - O meio mais comum.Nascendo-se surdo, a língua materna é a de sinais. O acréscimo da perda visual restringe seu uso conhecido, visuo-espacial, para ser adaptada, tornando-se, cinestésica-espacial, ou seja, o surdocego visualiza mentalmente características de cada sinal através do movimento. Já o intérprete do surdocego que na maioria das vezes exerce também a função de guia, guia-intérprete, é um agente extremamente capacitado. É através dele que a pessoa surdocega alcança o mundo circundante. É imprescindível que o guia intérprete conheça os meios de comunicação comumente utilizados, para que possa comunicar-se eficazmente com o surdocego.
CCTV: Apoio de Leitura
O CCTV amplia a figura até sessenta vezes o seu tamanho. Com sua ajuda pode ler e escrever mesmo que a visão residual seja muito pobre.
BRAILLE:
A técnica braille consiste-se de pontos em relevo que combinados formam letras. Para escrevê-los usamos uma chapa, também chamada de reglete, e um punção. Usamos também uma brailler - máquina de escrever constituída de seis teclas. Uma característica importante da técnica braille, é que ela independe de materiais físicos como o reglete, o punção ou a brailler para ser comunicativa. Apenas devemos entender que a técnica braille constitui-se de "seis pontos não obrigatoriamente em relevo" para estabelecer uma comunicação ou seja, onde houver a possibilidade de trabalharmos "seis pontos" a técnica braille estará sendo usada e bem aceita.
TELLETHOUCH - Aparelho de Conversação
Este aparelho tem teclado de uma máquina braille e um teclado normal. O teclado braille assim como o teclado normal levantam na parte de trás do aparelho uma pequena chapa de metal, a cela braille, uma letra de cada vez. A Tellethouch constitui-se, apesar de sua idade de criação, um dos principais meios de interação do surdocego com outras pessoas. Ao interlocutor do surdocego basta saber ler. Sabendo ler precionará as teclas normais da tellethouch como se estivesse redigindo um texto escrito qualquer.
TABLITAS DE COMUNICAÇÃO
Fabricadas em plástico sólido, representam em relevo as letras e os números ordinários, assim como, caracteres do sistema braille. As letras e os números estão superpostos aos caracteres braille. O dedo da pessoa surdocega é levado de uma letra/número a outra(o) ou de um caracter à outro, estabelecendo desta forma a comunicação.
DIÁLOGOS - Fala Escrita
O diálogo inclui uma máquina braille/aparelho de escrita, uma máquina de escrever eletrônica, um gravador e uma conexão telefônica. A pessoa surdocega escreve na máquina braille. O texto é impresso no papel da máquina de escrever para a pessoa vidente ler e vice-versa. As conversas podem ser estocadas na memória do aparelho se assim for desajado. A pessoa que receber a conexão de telefone precisa do diálogos, um teletexto, uma impressora equipada com modem de um computador.
ALFABETO DACTICOLÓGICO
Cada uma das letras do alfabeto corresponde a uma determinada posição dos dedos da mão. Trata-se do alfabeto manual utilizado pelas pessoas surdas. Apenas que neste caso está adaptada à versão tátil.
LETRAS DE FORMA
Encontra aqui um método verdadeiramente simples. A única condição necessária para que funcione é que nosso interlocutor conheça as letras maiúsculas do alfabeto: As letras são feitas na palma da mão, ou em qualquer outra parte do corpo do surdocego, uma sobre a outra. O próprio dedo indicador do interloctor, ou o dedo do surdocego é usado como caneta.
TADOMA
Quando falamos em tadoma, estamos nos referindo ao método de vibração do ensino da fala. A criança que está sendo ensinada no tadoma tem que colocar uma e inicialmente às duas mãos na face da pessoa que está falando. Com bastante treino e prática a possibilidade de se comunicar através deste método tende a ser grande.
Os símbolos de comunicação pictóricos - Picture Communication Symbols (PCS) fazem parte de um Sistema de Comunicação Aumentativa (CAA) que se refere ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação existentes. Em síntese, o sistema pictográfico consiste-se de símbolos, figuras, etc, que significam ações, objetos, atividades que entre outras características podem servir como símbolos comunicativos, tanto receptivamente quanto expressivamente.
Entre nesse site e você irá ler um depoimento maravilhoso de uma pessoa surda-cega onde você irá mudar o seu pensamento.
http://www.ame-sp.org.br/noticias/entrevista/teentrevista12.shtml

Funções Comunicativas e Funções Pedagógicas

A inclusão vem tomando força cada vez mais, a realidade é inegável e deve acontecer. Nessa perspectiva a Educação encontra-se num “duelo”muito particular entre dois profissionais que atuam diretamente com os surdos. Nesse contexto inclusivo existem três personagens: os alunos surdos, o intérprete de Libras e o professor. É importante que seja definido com clareza as funções que cada um destes exercem nesse processo.O primeiro personagem é o aluno surdo. Este possui língua e cultura diferente daquela que o professor está acostumado a lidar. Também, por lei, tem o direito de ser incluído em sala e escola de ensino comum. Todavia, a discussão não se ateará nesse personagem, embora seja o principal.
O segundo personagem é o intérprete de Libras. Esse servirá de canal comunicativo entre os surdos e as pessoas que lhes cercam. Mas que papel ele exerce em sala de aula? Como deverá ser sua postura em sala de aula? Há éticas que limitem ou lhes dê direitos? Quem é ele, enfim, na sala de aula? Na escola? Uma pergunta de cada vez será respondida.Seu papel em sala de aula é servir como tradutor entre pessoas que compartilham línguas e culturas diferentes como em qualquer contexto tradutório que vivenciou ou vivenciará. Ele realiza uma atividade humana e que exije dele estratégias mentais na arte de transferir o contexto, a mensagem de um código lingüístico para outro. Essa atividade tradutória é a produção do seu ofício, requer uma série de procedimentos técnicos e isso não é fácil (há muitos “sinalizadores” nomeando a si mesmos como intérpretes e não o são, que incorre na desvalorização da Libras, pois em nenhuma língua oral as pessoas terminam um curso e começa a interpretar, porque sabem que existem procedimentos técnicos e exigirá anos de estudo e contacto com a língua e seus usuários, porém em Libras, inconscientemente, à desconsideram quando agem precipitadamente na área de interpretação ainda não formados). Tanto no contexto de uma sala de aula ou numa palestra sobre química seu papel será o mesmo, traduzir. Sobre sua postura, o intérprete deve se conscientizar que ele não é o professor, e em situações pedagógicas não poderá resolver, limitando-se as funções comunicativas de sua área. Manterá a mesma imparcialidade de sua profissão e desenvolver uma relação sadia com os surdos e o corpo docente. Não permitirá que seu contacto pessoal com os surdos, que é maior do que a do professor, interfira em sua atuação.O Código de Ética que norteia a carreira pode ser usado também para essa atuação, considerando o supracitado a despeito de seu papel que é traduzir. Entretanto, esse Código deixará a desejar em muitos fatos e necessidades importantes que acontecem nesse novo palco de sua atuação. Acreditando nisso se faz necessário a criação de um Código Especifico (paralelo) para a área de Educação e aclopá-lo ao já existente. Na falta deste “novo” Código recorramos ao Código de Ética vigente. Para a última pergunta o intérprete é um “estranho” na sala de aula, um “objeto diferente” é visto dessa forma e pode ter certeza que assim se senti. Tanto para os alunos (em geral), para os professores e para os intérpretes é tudo muito recente, quando se viu estavam todos no mesmo lugar. Por fim o intérprete de Libras exercerá em sala de aula e em todas as atividades educacionais somente as Funções Comunicativas Tradutórias que por si só são exarcebadas.O terceiro personagem é o professor. Este será o modelo pedagógico para os alunos e sua preocupação é voltada para o conteúdo, a disciplina, o saber, o conhecimento. Como deverá ser seu relacionamento com o aluno surdo? Além de ser o modelo pedagógico em sala de aula, que mais pode fazer pelo o primeiro personagem neste teatro escolar?À primeira pergunta sugere-se que seu relacionamento com o aluno surdo seja o mesmo que tem com os ouvintes.Neste contexto ele utilizará o profissional intérprete em momentos que sua projeção seja para a turma inteira. O atendimento que o professor faz individualmente a cada aluno ouvinte, será importante que do mesmo modo faça ao aluno surdo. Para isso o educador precisa aprender e conhecer a língua desse aluno, que referindo-se ao surdo é a Libras. Esse contato direto, esse atendimento pessoal entre professor e aluno é que irá gerar melhor relacionamento, amizade e comprometimento entre os dois. Isso é imprescindível! Ninguém pode fazer isso por você, professor!.No cenário da inclusão tudo para todos é “muito novo” e, não é incomum equívocos acontecerem.É impossível usar o intérprete para interpretar textos, será melhor que, para alcançar todos, escreva no quadro, por exemplo. Jamais fazer uso do intérprete para funções pertinentes tão somente ao seu ofício, nesse caso o intérprete poderá contestar sua solicitação. Um outro exemplo é pedir ao intérprete escrever no quadro aquilo que está oralmente ditando para os alunos ouvintes. Outrossim, será fundamental o professor, após entender e conhecer a língua e cultura da comunidade surda, disseminar o motivo de sua presença em sala de aula e sua participação na escola de ensino comum, objetivando conscientizar os alunos e outras pessoas, pois se assim não agir será apenas integração e não inclusão que dispõe uma mudança tanto na estrutura da escola, nos sistemas, quanto na consciência de todos. Por fim, o professor nesse espetáculo inclusivo exercerá nas atividades educacionais as mesmas funções que exerce comumente, as Funções Pedagógicas, sem qualquer temor.Embora definidas as Funções de cada profissional observa-se certa situação aflitiva entre eles e tais necessitam ser sanadas. O professor normalmente tem muitas dúvidas ou mesmo desconfiança na tradução que o intérprete realiza, acreditando ser improvável a concretização da interpretação pelo simples fato do intérprete não haver feito pedagogia, magistério ou não ter intimidade com os conteúdos escolar. O intérprete muitas vezes vai além de sua interpretação interferindo naquilo para qual não foi lhe dado autoridade. Muitos intérpretes são selecionados para trabalharem nas escolas de todo o país, porém nem todos estão em condições profissionais para atuarem. Um outro problema advindo do professor é a desconfiança se o intérprete na hora da prova está ajudando (dando “cola”) ao aluno surdo. Por sua vez o intérprete mantém uma postura inadequada a ponto de gerar certo incomodo não só no professor como na turma inteira. Muitos acreditam que contratando professores que conhecem Libras poderão ser utilizados para substituir os verdadeiros profissionais intérpretes. Não faça isso! Os procedimentos técnicos são completamente diferentes. Por isso foram definidos as funções comunicativas e as funções pedagógicas. Mesmo que o professor conheça muito bem a Libras ele é professor, a não ser que tenha experiências profissionais dentro da área de interpretação, mesmo assim é melhor exercê-las em momentos distintos. Sem falar que o relacionamento do intérprete não se limita a um professor, porém a vários. Todas essas situações têm gerado um conflito demasiadamente desagradável e prejudicial ao desenvolvimento de ambos profissionais e do aluno. Estes são alguns fatos que ocorrem nesse espetáculo inclusivo que poderão facilmente ser resolvidos. Propõe-se que convidados especiais participem da peça inclusiva. O primeiro deles é a Confiabilidade esta precisa ser desenvolvida entre ambos, professor e intérprete. Quando se trabalha com insegurança, desconfiança é extremamente incomodo, entretanto, havendo uma mútua confiança não só o trabalho é mais bem realizado como o ambiente fica mais agradável. O segundo o Respeito, ele será o limitador entre os dois, sabe-se que o direito de um termina quando se inicia do outro, e se isso houver ambos saberão os limites de suas funções. Se comunicativas, comunicativas; se pedagógicas, pedagógicas. O terceiro, a Parceria, profundamente importante para o desenvolvimento escolar do aluno, e ele implica na divisão de conteúdos ministrados em sala de aula. A interpretação de um modo geral rende mais quando o intérprete tem em suas mãos o texto (refere-se a qualquer mensagem seja falado ou escrito) que interpretará, caso contrário a interpretação será prejudicada, contudo se previamente ler o texto, na hora da tradução mobilizará esses conhecimentos armazenados em sua mente e, portanto, interpretará melhor o conteúdo. Solicita-se que o professor debata com o intérprete o plano de aula e esclareça dúvidas caso ele tenha; de igual modo o intérprete se preocupará em tomar conhecimento do texto que será usado em sala de aula ou em qualquer outro evento. Envolvimento Educacional é o quarto convidado e de grande importância, ele permitirá que o professor e o intérprete mostrem um ao outro “a deixa”, objetivando ampliar a formação dos surdos. O intérprete sabe os pontos em que os surdos se sentem mais fragilizados e poderá compartilhar essas informações com o professor. O professor, por sua vez, sabe pela correção de exercícios e provas quando o aluno está respondendo bem ou não aos conteúdos e assim informará ao intérprete. Essa troca entre os dois facilitará o envolvimento e desenvolvimento educacional dos alunos. Estes são alguns convidados que no teatro da inclusão não podem deixar de participar. É claro que dependendo da realidade de cada escola outros serão imprescindíveis.Estes três personagens e seus convidados especiais fazem juntos uma linda peça que renderá uma Educação melhor para os surdos. Sabendo cada profissional as suas funções e delimitando-se a elas, compreendendo sua importância em cada cena e a excelência de suas atribuições, um trabalho mais bem sucedido será realizado. O professor desempenha uma atividade que devem cada ser humano “tirar o chapéu” e aplaudi-lo de pé, funções essas definidas neste texto. O intérprete é um profissional de grande valor, suas funções, aqui descritas, são teoricamente inexplicáveis, porém, com grande estilo as desempenha, a ponto de Mounin afirmar: “... tradutores existem, eles produzem, recorremos com proveito às suas produções”. Os conflitos são somenos em comparados com que podem os três personagens produzir, e aliado suas produções aos convidados especiais um imenso espetáculo será apresentado ao publico. Eles (o publico) gostam de ver algo que marca, e na esperança que a Educação de surdos dispontará, o publico se sentirá satisfeito. Cada personagem envolvido nas cenas inclusivas precisará relembrar sempre suas “falas” não cometendo o lapso de esquecê-las e, assim sendo, o teatro da inclusão fará o maior sucesso. Os convidados especiais são eficientes demais e com certeza farão a diferença em cada “apresentação”, em cada dia de aula.
Que cada “arena” escolar consiga desempenhar perfeitamente a peça Inclusão.
“... e concedeu dons aos homens;

... com vista ao aperfeiçoamento...

para o desempenho do seu serviço...”.

Efésios: 4: 8a, 12.
Contatos:

/fabianoils@hotmail.com / interpretebiano@bol.com.br












http://noticias.br.msn.com/video/default.aspx?cp-documentid=76f17232-ec24-41ba-8afb-57d88f0de3fd

Implante Coclear e Sua Alta Tecnologia: seus pós e contras.

Por: Vanda Aparecida Góes

Por muitas vezes temos nos esbarrado em assuntos sobre implante coclear. Mas a questão é... o que é um Implante Coclear ? Quais são seus benefícios? Quais são as limitações que este usuário poderá ter? Para responder essas perguntas e poder fazer uma explanação sobre esse dialeto novo e polemico nos meios acadêmicos tentarei fazer uma visão panorâmica baseada em artigos científicos de renomados pesquisadores e doutores da área. O Implante coclear ou ouvido biônico é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, a fim de ser decodificado pelo córtex cerebral. O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O AASI amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário, a capacidade de perceber o som. Atualmente existem no mundo, mais de 60.000 usuários de implante coclear. O implante coclear consiste em dois tipos de componentes, interno e externo. O componente interno é inserido no ouvido interno através do ato cirúrgico e é composto por uma antena interna com um imã, um receptor estimulador e um cabo com filamento de múltiplos eletrodos envolvido por um tubo de silicone fino e flexível.O componente externo é constituído por um microfone direcional, um processador de fala, uma antena transmissora e dois cabos. A sensação auditiva ocorre em frações de segundos. Todo o processo inicia-se no momento em que o microfone presente no componente externo capta o sinal acústico e o transmite para o processador de fala, por meio de um cabo. O processador de fala seleciona e codifica os elementos da fala, que serão reenviados pelos cabos para a antena transmissora (um anel recoberto de plástico, com cerca de 3mm de diâmetro) onde será analisado e codificado em impulsos elétricos. Por meio de radio freqüência, as informações são transmitidas através da pele (transcutaneamente), as quais serão captadas pelo receptor estimulador interno, que está sob a pele. O receptor estimulador contém um “chip” que converte os códigos em sinais eletrônicos e libera os impulsos elétricos para os eletrodos intracocleares específicos, programados separadamente para transmitir sinais elétricos, que variam em intensidade e freqüência, para fibras nervosas específicas nas várias regiões da cóclea. Após a interpretação da informação no cérebro, o usuário de Implante Coclear é capaz de experimentar sensação de audição. Charasse B, Chanal Jm, Berger-Vachon c, Collet l.” influence of stimulus frequency on nrt recordings.”int j audiol.2004 Apr ;43(4):236-44. Quanto maior o número de eletrodos implantados, melhores serão as possibilidades de percepção dos sons. Com a evolução tecnológica, os implantes cocleares atuais já são considerados de 3ª geração. Com isso, são considerados candidatos ao uso do dispositivo de Implante Coclear, estudos de DAWSON PW, DECKER JA, PSARROS CE. Optimizing dynamic range in children using the nucleus cochlear implant. Ear Hear. (2004 ;25(3):230-41), comprovam que crianças a partir dos 12 meses de idade e adultos que apresentam deficiência auditiva neurossensorial bilateral de grau severo e profundo e que não obtiveram benefícios com o uso de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual.A avaliação dos pacientes candidatos ao Implante Coclear é realizada por meio de uma equipe interdisciplinar, composta por médicos otologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e outros. No entanto, os resultados variam de individuo para individuo, em função de uma série de fatores, entre eles, memória auditiva, estado da cóclea, motivação e dedicação e programas educacionais e/ou de reabilitação.Sendo assim quais são os candidatos que melhor que poderão apresentar um melhor benefício com o uso do implante coclear?
• Idade acima de 18 anos, com deficiência auditiva neurossensorial pós - lingual bilateral severa ou profunda;
• Que não se beneficiarem do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), ou seja, apresentarem escores inferiores a 40% em testes de reconhecimento de sentenças do dia a dia;
• Tempo de surdez ser inferior a metade da idade do candidato (em deficiências auditivas progressivas não há limite de tempo);
• Deficiência auditiva pré-lingual tem benefício limitado e só é indicado em pacientes com fluência da linguagem oral e com compreensão desta limitação;
• Apresentam adequação psicológica e motivação para o uso do Implante Coclear.
E quais os cuidados necessários para obter o funcionamento adequado do Implante Coclear, relacionadas aos aspectos ambientais?
Os usuários de Implante Coclear devem evitar a aproximação direta à monitores de televisão, computadores e forno de microondas quando os mesmos encontram-se em funcionamento, uma vez que a radiação eletromagnética presente nestes equipamentos pode ser capaz de alterar a função do circuito eletrônico do Implante Coclear e ocasionar alteração na qualidade do som e falha no envio da estimulação. No momento em que os usuários de Implante Coclear passam com o dispositivo em funcionamento entre as barras de sistemas de Vigilância Eletrônica, presentes na grande maioria de lojas e supermercados, pode ocorrer uma sensação sonora distorcida. É aconselhável que o usuário desligue o processador de fala no momento em que ocorre a aproximação do sistema. É pouco provável que o Implante Coclear dispare o alarme presente nos sistemas de vigilância eletrônica. Os materiais presentes no IC são capazes de ativar o sistema de detectores de metais. Assim sendo, o usuário deve apresentar a carteira de identificação do Implante Coclear fornecida pelo fabricante e entregue após a cirurgia. Como solicitado para qualquer equipamento eletrônico, o processador de fala do Implante Coclear deve ser desligado durante o pouso e decolagem de aeronaves.A eletricidade estática é definida como o acúmulo de carga elétrica em uma pessoa ou objeto, capaz de criar um campo magnético. Níveis elevados de eletricidade estática podem danificar dispositivos eletrônicos, inclusive o Implante Coclear.Os Implantes Cocleares apresentam um circuito protetor contra este tipo de eletricidade, oferecendo um alto grau de proteção. No entanto alguns cuidados devem ser tomados: Colocação de tela protetora para o monitor do computador. Retirar o processador de fala no momento em que as crianças usuárias de Implante Coclear estão em contato com piscina de bolinha e escorregador de plástico. A utilização de ultra-som terapêutico está contra-indicada (proibida) em regiões próximas ao Implante Coclear.O ultra-som diagnóstico não oferece riscos aos usuários de Implante Coclear. No entanto, para a realização de qualquer procedimento que não seja considerado de rotina, é aconselhável que o usuário ou seus familiares, entrem em contato com a equipe do Programa de Implante Coclear.As doses de radiação utilizadas na radiologia médica não oferecem riscos aos usuários de Implante Coclear. No entanto, durante o procedimento, o componente externo do dispositivo deve permanecer desligado.A utilização de luz ultravioleta em clínicas odontológicas e camas solares não oferecem riscos aos usuários de Implante Coclear. A utilização de bisturi elétrico ou eletro cautério em cirurgias está proibida em usuários de Implante Coclear . Para maiores informações, é aconselhável que o cirurgião entre em contato com a equipe de Implante Coclear. Está proibido aos usuários de Implante Coclear tanto a realização da ressonância magnética bem como a entrada em salas em que este procedimento é realizado.O sucesso de um implante coclear depende de muitos fatores entre eles estão relacionados a idade de até 17 anos, com deficiência auditiva neurossensorial bilateral severa ou profunda; preferencialmente indica-se o Implante Coclear em deficiência auditiva pré -lingual até os 6 anos de idade. Salienta-se que a idade ideal é a partir de 1 ano;adaptação prévia de AASI e (re)habilitação auditiva intensiva para verificar se há benefício deste dispositivo principalmente nas deficiências auditivas severas, apresentarem incapacidade de reconhecimento de palavras em "conjunto aberto". serem provenientes de famílias adequadas e motivadas para o uso do Implante Coclear, DOWELL RC, HOLLOW R, WINTON E. Outcomes for cochlear implant users with significant residual hearing: implications for selection criteria in children. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2004 May;130(5):575-81.Para não me estender além do necessário farei uma simples observação inclusive que me intriga muito. A quem está direcionada essa alta tecnologia do Implante Coclear? Aos pais dos surdos que tem a oportunidade de seu filho poder ser ouvinte? Ao surdo que tem a oportunidade de ser ouvinte? Bem sabemos que para os pais terem um filho diagnosticado surdo implica em muitas escolhas, desde de como criar-lo, a qual escola freqüentar, como os amigos e familiares receberão essa noticia, o medo dessa criança for discriminada e segregada, a confusão causada pela desinformação de confundirem muitas vezes surdos com necessidades especiais, se vão optar por língua d e sinal ou ainda uma cirurgia. È bem difícil, além de se ter uma criança para criar e educar ter ainda que decidir o melhor para ela. Mas o importante é que antes de cada tomada d e atitude esta seja bem orientada e que a pessoa esteja informada de seus pós e contras . Nem sempre o implante coclear da 100% de resultados ás vezes da 2% , deixando apenas resíduos de som que afetam o sistema nervoso da criança, nem sempre a criança que recebe o implante e um bom falante, para que isso ocorra é necessário toda uma etapa de aprendizagem trabalhosa e lenta. Segundo Santana, Ana Paula (2007) Os avanços tecnológicos relacionados a prótese auditiva tem permitido um ganho considerável de audição. A crença na ação miraculosa da prótese auditiva e do implante coclear faz alguns pais esquecerem até mesmo que seus filhos continuam surdos. Seria um absurdo acharem que seus filhos se tornaram ouvintes, porque não se sabe o que ele esta ouvindo e como esta ouvindo, e aprender a língua oral é necessário elementos complexos e contínuos, o que dificulta o surdo ser proficiente nessa língua, sendo necessário trabalhar uma palavra tanto em sinal como em língua oral .A criança surda após o implante que continua ou adquire o bilingüismo tem um facilitador e mediador para estrutura espaço base-visual e oral .Se a preocupação é que a criança encontre uma maneira mais fácil e cômoda de se comunicar, é importante fazer uma sondagem quanto a receptividade e reciprocidade que essa criança esta tendo e não perder de vista o principal objetivo que é o bem star da criança e não das formas padrões da sociedade que ela está inserida. A inclusão não veio para adequar a criança em uma sociedade estigmatizada e idealista e sim para que esta sociedade se modele e seja flexível as necessidades de seus cidadãos.









MARIA TERESA EGLÉR MANTOAN

"Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças"

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Uma das maiores defensoras da educação inclusiva no Brasil, Maria Teresa Mantoan é crítica convicta das chamadas escolas especiais. Ironicamente, ela iniciou sua carreira como professora de educação especial e, como muitos, não achava possível educar alunos com deficiência em uma turma regular. A educadora mudou de idéia em 1989, durante uma viagem a Portugal. Lá, viu pela primeira vez uma experiência em inclusão bem-sucedida. "Passei o dia com um grupo de crianças que tinha um enorme carinho por um colega sem braços nem pernas", conta. No fim da aula, a professora da turma perguntou se Maria Teresa preferia que os alunos cantassem ou dançassem para agradecer a visita. Ela escolheu a segunda opção. "Na hora percebi a mancada. Como aquele menino dançaria?" Para sua surpresa, um dos garotos pegou o colega no colo e os outros ajudaram a amarrá-lo ao seu corpo. "E ele, então, dançou para mim." Na volta ao Brasil, Maria Teresa que desde 1988 é professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas deixou de se concentrar nas deficiências para ser uma estudiosa das diferenças. Com seus alunos, fundou o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade. Para ela, umasociedade justa e que dê oportunidade para todos, sem qualquer tipo de

discriminação, começa na escola.



Reportagem extraída do site: http//revistaescola.abril.com.br

quebrando barreiras

pode silenciar, mas nunca exterminar a  livre expressão, ela é a  nossa  essência.

a arte de fazer acontecer pq somos tds diferente






Durante quase seis meses estivemos juntos. Construimos e redescobrimos formas e maneiras de criar, transformamos expectativas em descobertas, sonhos em realidade... aprendemos a quebrar mitos, observando as reais ações no convívio da busca do desconhecido. Compreendemos que uma símples ficha de inscrição para um curso cujo conteúdo era "desconhecido" para a grande maioria, trazia consigo as expectativas de um grupo, que hoje, conquistou mais uma etapa. Uma conquista que foi conseguida dia-a-dia, aula a aula... uma conquista que dependeu muito de cada um, porém, que só foi conseguida a partir do envolvimento de todos. O último dia, porém, não é o final, e sim o começo de uma nova fase. Tudo o que se "conheceu" não deixará de existir dentro de cada um dos participantes dessa formação. Construimos uma história, semeamos conhecimento, fazemos parte dos multiplicadores dessas informações tão valiosas para o convívio com deficientes auditivos, cognitivos , SD e   quem mais chegar. Agradeço às menin@s pelo empenho e dedicação, pelas construções, pela participação... que vocês continuem semeando e cuidando, com muito carinho, dessa "semente de luz", eu estarei de braços abertos e de mãos estendidas para contemplar os frutos desse jardim. e prosseguir nessa jornada

muito lindo

Aprendendo sinal

 

Paráfrase: Desenvolvimento psicológico e educação: Transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais: César Coll, Álvaro Marchesi, Jesús Palácios.

por: Vanda aparecida de Góes

Introdução:
Ao longo do séc. XX houve uma crescente preocupação de ter uma escola integradora que fosse comprometida com a formação e o desenvolvimento das crianças com dificuldades educacionais. Esse novo modelo teórico fundado nos direitos de todo os alunos terem educação no ensino público regular, descentralizou a responsabilidade das escolas especial com uma reforma educativa onde a escola pública assumiria o papel de tutora e medidora de aprendizagem desses alunos. A proposta baseada em e embasada em leis Institucionais, procurou fazer uma reforma que se atende às necessidades crescentes, discentes e docentes de acordo com a sua nova realidade, sendo que estas progrediriam no sentido de escolas inclusivas e educativas no âmbito educacional.
Cap.9: O DESENVOLVIMENTO E A EDUCAÇÃO DA CRIANÇA SURDA.
ÁLVARO MARCHESI
O desenvolvimento cognitivo e a estrutura dos processos lingüísticos e da aquisição da comunicação do sujeito surdo,fez com que muitos professores, sociólogos, antropólogos tivesse interesse e começassem a pesquisar os processos que levaria a pessoa surda a ter uma forma própria de comunicação .Havia também uma cobrança da comunidade surda sobre seu papel na sociedade. Para ter uma idéia panorâmica dos diferentes tipos de perca auditiva se faz necessário um breve esquema de alguns aspectos médicos da surdez localizado com a lesão auditiva, em segundo lugar descreve e analisa-se o desenvolvimento das crianças surdas em três dimensões principais: cognitiva, comunicativa e social. Em terceiro lugar enfoca-se a avaliação da pessoa surda tanto em seus graus de deficiência quanto em suas capacidades de adquiri competências. A pessoa com perca auditiva constitui um grupo bastante heterogêneo, diferenciando a pessoa de acordo com sua perca auditiva que pode ser leve, moderada, hipoacústicas. Observa-se a prontidão da criança na aquisição da comunicação diferenciando se esta pertence à família de pais surdos ou não
Os tipos de surdez foi estudado a partir da classificação médica de onde se localiza a perca auditiva, destacando três tipos diferentes: surdez condutiva ou de transmissão, a surdez neurossensorial e a surdez mista.A surdez condutiva ou de transmissão a zona lesada situa-se no ouvido médio o que impede ou dificulta a transmissão sonora ate o ouvido interno. As surdezes condutivas não são graves nem duradouras e há disponibilidade de tratamento médico ou de cirurgia. A surdez neurossensorial ou de percepção situa-se nom ouvido interno ou na via auditiva do cérebro, sua origem pode ser genética, adquirida neonatal e pós-neonatal, esse tipo de surdez não afeta só a quantidade de audição, mas a qualidade, a surdez neurossensorial costuma ser permanente, e até o pouco tempo nada se podia fazer, atualmente tem se desenvolvido o implante coclear. A Surdez mista conforme o próprio nome diz, é uma mistura de lesões no ouvido interno e no canal auditivo, ainda podendo leões ósseos e condutivos, levando a surdez total e permanente.Etilogiamente as causas da surdez e sua forma de ser conduzida implicam em muitos fatores atitudionais e intrínsecos que estão relacionados com a formação da criança. Uma criança que tenha mais ofertas de comunicação visual e estímulos desde a primeira infância terá desenvolvimento intelectual mais elevado que outros que não forem ofertados estímulos. A porcentagem de surdezes hereditárias situa-se em torno de 30 a 50%, mas não é fácil de diagnosticar, estas quando são diagnosticadas percebe-se que estão associadas a outras complicações como são os casos de problemas contraídos por doenças durante a gravidez (rubéola, meningite, toxoplasmose, etc.).As surdezes contraídas geneticamente de pais surdos situa-se em uma porcentagem de 10% estas crianças possuem nível intelectual mais elevados que outros surdos com outro tipo de etiologia.A perda auditiva é avaliada por sua intensidade em cada ouvido, sendo utilizado um escala aritmética sendo medida a intensidade do som por decibéis. Sendo:
20dB o individuo fala em cochicho,
40dB..... Fala suave,
60dB.....Conversa normal,
80dB.....Há um trânsito ruidoso,
100dB..... Escavadeira
120dB.....Reator.
A freqüência refere-se á velocidade medida sa fala do individuo, é medida em Hertz (HZ), para se ter uma boa compreensão da fala do individuo é necessário estar entre 500 e 2000 Hertz. Na educação é necessário e fazer um estudo mais aprofundado sobre os surdos os classificando em hipoacústicos, que tem dificuldades de perceber som, mas que sua lesão não interfere na aquisição da linguagem oral, utilizando uma prótese auditiva, e os surdos profundos que não possuindo aquisição da linguagem oral precisando de elementos visuais, tornando essa forma seu principal meio de comunicação.
A idade da criança que tem perca auditiva tem uma grande repercussão em seu desenvolvimento diferenciando em dois tempos, surdez pré-locutiva e surdez pós-locutivas. A pesquisa clássica de Conrad (1979) sobre os surdos confirmou sobre a importância do antes e depois dos três anos de idade, classificando os alunos com perda auditiva em três grupos :
1. Congênita.
2. Do nascimento aos 3 anos.
3. Depois dos 3 anos.
Estudos apontaram que crianças que perderam a audição depois dos três anos conseguiam chegar a uma maior competência lingüística, através e enriquecimentos de linguagem e estímulos apropriado por ser uma estrutura frágil. E que crianças que eram pré-locutivas tinham que aprender uma nova língua usando linguagem espaço visual para ter uma comunicação.
È de suma importância que após ser identificada a perda auditiva seja dispensado a essa criança todo suporte possível ao seu desenvolvimento social e cognitivo e que o seu ambiente familiar faça toda uma diferença fornecendo pré-requisitos para se adquirir uma linguagem com estruturas semântica, morfológica e pragmática que possa atender as suas necessidades inserindo-os na sociedade. Pais que tratam os filhos surdos como se esses fossem ouvintes acabam por impedi-los de serem independentes sendo esses forçados a seguirem modelo padrão dos ouvintes, condenados ao ilhamento e a exclusão dentro de sua própria família e comunidade. Filhos surdos de pais surdos adquirem naturalmente a língua de sinais, passando pelos mesmos processos de aquisição lingüística de uma criança ouvinte.
A comunicação pré-verbal e sua influência faz com que input lingüístico seja o mesmo falada com sua família, apenas 10% de crianças surdas são filhas de pais surdos sendo que estes utilizam a língua de sinal oferecendo a criança surda uma ponte de comunicação. Os restantes 90% são crianças surdas filhos de pais ouvintes, que antes do nascimento da criança nada sabia sobre comunicação de sinal. Alguns pais ao nascimento do bebê surdo procura aprendizagem de sinal para se ter uma comunicação visual com a criança, mas , em sua maioria não buscam língua de sinal como alternativa para comunicação, fazendo com que a criança não seja estimulada e perdendo o intercâmbio entre o adulto e o bebê mediante expressões primitivas que pelo quais pais e filhos regulam mutuamente seu comportamento. È importante destacar que as diferenças entre crianças surda e crianças ouvintes começam a se revelar desde os primeiros meses. Os choros, arrolhos, balbucio e os arrulhos dos primeiros quatro meses são iguais e qualquer em uns e outros, mas essas expressões vocais começam a diminuir nas crianças surdas ou com a perda auditiva grave, mas essas expressões vocais começam a diminuir nas crianças surdas a partir dos 4 a 6 meses. A falta de feedback auditivo de suas próprias vocalizações contribui decisivamente para tal desaparecimento.
Gregory e Mogford (1981) analisaram três aspectos relevantes de comunicação entre mãe e filho durante o primeiro ano, a alternância, a reverência conjunta, e os jogos de antecipação. A alternância é o papel que cada um dos interlocutores deve ocupar quando um toma a iniciativa o outro espera o seu turno para intervir, quando a criança é surda , mãe e criança vocalizam juntas com muito mais freqüência do que a criança ouvinte . A referência conjunta é um indicador das atividades que a mãe e a criança realizam com a atenção voltada a mesma coisa sendo essas expressões convertem-se posteriormente em instrumentos para regular a tenção da criança. A criança surda não estabelece uma relação do rosto da mãe com sons e comunicação e as vocalizações em direção aos objetos , por isso a criança surda diminui a busca do rosto da mãe e esta não pode utilizar as vocalizações para regular a atenção da criança. O jogo de antecipação permite que a criança realize as ações previstas e as alterne com a mãe embora seja possível utilizar sinal táteis ou manuais com a criança surda , o que se constata é que a mãe diminuem a busca desses jogos. Enormes dificuldades entre a mãe e a crianças surda também podem decorrer da atenção dividida, como assinala Woods e colaboradores (1986), a criança surda não consegue o mesmo tempo prestar atenção ao rosto da mãe e a fala direcionada a objetos, assim como as crianças ouvintes que o fazem simultaneamente, sendo que a mãe sem obter respostas acaba se desestimulando levando a diminuição desses jogos de alternância.
Estudos destacam essas dificuldades, embora suas conclusões nem sempre sejam coincidentes visto que ainda é uma nova ciência nos parâmetros de códigos e letras e ainda se tem um grande percurso a percorrer até se ter uma base consolidada e que atenda a demanda inclusiva. Gregory e Mogford (1981), comprovaram que crianças surdas não chegam a dez palavras até depois dos 2 anos de idade, o que supõe atraso de quase um ano em comparação com crianças ouvintes . Segundo Goldin-Meadow e Felman (1975),essas crianças quando não oferecida língua de sinal e sendo exposta apenas a linguagem oral acabam por adquirindo expressões progressivas de gestos simbólicos É possível desenvolver uma psicologia própria das pessoas surdas,o caráter diferencial procede das limitações dos surdos para ter acesso a informação o que faz que sua informações se centrem em suas experiências internas devido a limitação do acesso a linguagem . Essa posição diferenciadora foi discutida a partir da teoria de Jean Piaget. Sua formulação de que a linguagem e comunicação não assume e um papel determinante na estrutura do pensamento fundamentou um amplo conjunto d e pesquisas.. Dessa forma entende-se que os surdos não são privados de uma linguagem, mas,que utilizam uma linguagem própria, sendo, gestos icônicos , bimodal ou bilíngüe.
O jogo simbólico estudado por Marshesi nos da uma dimensão sobre os processos do jogo nas crianças surdas profundas passando por ritmos diferentes e evoluções. As dimensões estudadas foram as seguintes:
1. Descentralização: A criança vai progressivamente sendo capaz de assumir ponto de vista dos outros.
2. Identidade: A criança é capaz de atribuir papel próprios aos bonecos e realizar ações designadas.
3. Substituição: A criança é capaz de utilizar objetos com uma função ordenada e distinta.
4. Integração de ações:A criança organiza suas ações e seqüência.
5. Planejamento: A criança realiza planejamento prévio do jogo.
As fases em que ocorre o desenvolvimento da criança surda é igual ao da criança ouvinte, a diferença notada em criança surda com mais atraso na aquisição da comunicação é a falta de subsídios para formação de pensamentos complexos e abstratos( Ceci ,!990), sendo que segundo a linha de pensamento de Jean Piaget é imprescindível a interação com seu meio social e cultural , dessa forma nota-se O pensamento lógico-concreto hipotético- dedutivo em qualquer criança independentemente de ter dificuldades de aprendizagem precisa set trabalhado espontaneamente ou sistematicamente . Para se ter ainda um diagnóstico que atenda a necessidade educacional e social é preciso submeter essa a criança surda em baterias de exames para se ter se não noções exatas pelo menos noções aproximadas da sua perda auditiva , sendo para isso feito:prova dos potenciais auditivos (medidos por eletrodos) potenciais de latências curto ou de tronco cerebral que permitem o diagnóstico auditivo em tons médios e agudos(1.000 a 4000 Hz), audiometria tonal , um aparelho que emite sons com diferentes freqüências e intensidades,avaliação psicopedagógica que informa possível característica do ambiente familiar , condições educativas tendo como visão; criança , família, escola. O próprio contexto familiar, as capacidades habilidades e competências da criança em questão.
O contexto escolar e a forma em que essa criança vai ser exposta aos conceitos curriculares e a forma em que se vai ser feita a mediação de aprendizagem, a oferta de material concreto e abstrato,a importância da maturação na língua de sinal para poder ofertar a criança surda uma língua que ela possa assimilar e desenvolver ao longo de seu processo de aprendizagem foi retoricamente falado por Cornett (1967), onde a criança seja exposta não somente a língua de sinal , mas, a palavras complementadas conseguindo uma leitura labial “cued-speed”, não para ser substituído a língua mãe de sinal, mas, para que essa criança possa ter um maior leque comunicativo e expressivo em todas as situações em que estiver exposta, sobre esse assunto pode s ler mais em :Cornett, R.Cue speech .American Annals of tthe Deaf, p.112,3-13 1967).
O enfoque bimodal e bilíngüe na forma em que é feita a mediação do conhecimento a criança surda ainda esta em fase deconstrução , estruturação e analise de seus meios empregados , é muito comum ouvirmos educadores dizerem que são bilíngües , mas estes em muitas vezes utilizam a versão português interpretado em língua sinal se baseando na estrutura lingüística do português , sendo assim bimodal e não bilíngüe. O bilingüismo reconhece e observa a língua de sinal distinta com estruturas morfológicas completas, sistemas e processos sintáticos e semânticos próprios de uma língua com toda gramática para utilização a distinguindo dos demais dialetos falados .
A importância da integraçã:  Até que ponto  podemos discutir ou questionar sobre  a inclusão, somos todos inclusos e ao mesmos tempo exclusos, o que podemos  revindicar são nossos direitos e deveres, a única coisa que temos ceteza é que quanto mais nos desenvolvemos , quantos mais a história avança  não conseguimos estancar a hemorragica sangria da diferença.





E AI.. COMO SABER ... SE MEU FILH@ É ESPECIAL ALÉM DE MIM PARA OS OUTROS?

Processos da aquisição da lingua materna (libras)



Por Vanda Ap. Góes

Ao longo da história humana registros e estudos tem apontado toda segregação eestereótipos que os indivíduos surdos tem enfrentado. O Brasil quando comparado com outros países nota-se que pouco avanços teve na educação e na elevação social desse grupo assim como ainda se faz necessário uma política voltada aos cumprimentos das Leis que asseguram os direitos de seus patriotas essas leis deferidas mas pouco cumprida : Lei 2005/06 do código do consumidor, BRASIL. Lei Federal n Q 10048, de 08.11.2000 - Dispõe sobre a Prioridade de Atendimento -regulamentada pelo Decreto nQ 5296, de 02.12.2004 BRASIL. LeiFederal nQ 10098, de 19.12.2000 - Lei da Acessibilidade - regulamentada pelo Decreto nQ 5.296, de 02.12.2004. BRASIL. Lei Federal n V0436, de 24.04.2002 - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e dá outras providências - regulamentada pelo Decreto nQ 5626, de 22.1 2.2005.
O Brasil por ser um território grande e de diversidades incalculável acaba por não ter estudos sociológicos adequados a realidade brasileira e muito vezes ficando apenas nos incisos das Leis os direitos adquiridos e estes são do conhecimentos de uma pequena parcela da população não fazendo parte da cultura do povo, se tornando assim uma língua morta . Esse fato tem contribuindo paro que ao longo dos tempos os sujeitos surdos , vem enfrentado confrontos tantos nos aspectos sociais cognitivos e emocionais que interferem em seu paradigmas, costumes e relações intra e enter-pessoal. Outro fato relevante para estudos é saber a diferença existente entre o sujeito com deficiência surda e o sujeito surdo, sendo estes rotulados e emplacados em uma mesma categoria .A diferença entre essas duas categorias nota-se em teste de audiometria que possibilita a classificação da perca auditiva sendo : 20dB o individuo fala. em cochicho,40dB o indivíduo possui uma fala suave, 60dB conversa normal, 80dB há um trânsito ruidoso,100dB escavadeira ,120dB reator. Para o individuo com menos de 41 dBs são necessárias experiências visuais, das mais simples para a mais complexas para uma possível estruturar conhecimentos que o levará a obter habilidades especificas para aquisição de competências lingüísticas .È através das experiências visuais ofertadas desde os primeiros dias de vida do bebê surd@ é que se poderá estruturar todo o processo de aquisição lingüística e social dessa criança . Coll, César (2004) ,relaque foram observadas crianças de 12 a 19 meses , que sendo filhos de pais surdos tinham uma comunicação pré estabelecida com seus pais igual aos balbucios vocal da criança ouvinte , que seus balbucio eram manual silábicos e que estes continham duração e possíveis construções de significados igual das crianças O balbucio é a expressão de uma capacidade de linguagem amodal , associada a fala e ao sinal. Apesar das diferenças radicais dos mecanismos motores que sub jazem ao sinal e a linguagem falada as crianças surdas e ouvintes produzem unidades de balbucio idênticas(p.180). A Dr. Cristina Broglia Feitosa de Lacerda (UFSCar 2010) fonoaudióloga relata através desuas relevantes pesquisas a importância dos primeiros meses de vida da criança, onde o contato com a mãe e as primeiras introdução das mãos mágicas ( mãos que falam com o bebê, chamando a atenção dele ao toque , gesticulando com as mãos para chamar  atenção,voltar o rostinho do bebê para sua direção para chamar sua atenção fazendo uma dança com a fala e com a mãos), levam a criança a sair de seu mundo silencioso eemergir no mundo dos significados. Importantes estudos nos revelam que nosso cérebro é dividido em hemisfério direito e hemisfério esquerdo , sendo o direito responsável pela visão , e o esquerdo pela fala , o mais interessante em tudo é que o hemisfério esquerdo transforma em pensamentos complexos para uma linguagem não sendo necessário como se pensava, a percepção de sons , mas, sim que todo elemento o leva a essas competência , podendo assim afirmar que os sinais introduzidos substituem o som , e que a criança surda sofre os mesmos processos de aquisição de estrutura de pensamentos e que com estímulos apropriados se pode obter naturalmente a linguagem oral. Para tanto é imprescindível que as alterações comportamental do bebê se percebem na primeira infância, ou seja , desde o colo da mãe , que o bebê não esta oferecendo respostas aos estímulos auditivos , se faz necessário a busca de um profissional da área e que este profissional possua habilidades especificas e dimensional para tratar de um assunto que fará toda uma diferença .O que realmente acontece, e que sendo os pais ouvintes acabam por confundirem surdez com síndromes, anomalia, deficiências cognitivas etc. Existem poucos quadros em que se observa antes dos 3 primeiros meses de vida (em alguns casos pode-se diagnosticar pela língua a Síndrome. È de suma importância ressaltar o papel da família , sendo que o primeiro contato com a socialização e comunicação parte da família, e como essa família poderá socializar e ter comunicação com seu filh@ que não ouve e não responde os seus estímulos? È através das experiências visuais ofertadas desde os primeiros dias de vida do bebê surd@ é que se poderá estruturar todo o processo de aquisição lingüística e social dessa criança Estudos tem apontados que o bebê surd@ tem os mesmos processos evolutivos cognitivos que um bebê ouvinte e que este estando em contato com uma língua em que norteia um processo natural de comunicação , este passara pelos mesmos estágios pré-lingüísticos de um bebê ouvinte. Caberia nas grades curriculares de formação do pedagogo ,já que está tem a disciplina de LIBRAS, conforme sancionada a Lei 2005/6, que houvesse também uma capacitação voltada a diferenças e semelhanças pertinentes ao assunto pois ainda hoje a sociedade possui dois pontos de vistas sobre a surdez, sendo :

· Portadores de Necessidades Especiais.

· Diferença Lingüísticas.

O Deficiente auditivo não tem perca total de surdez, essa pode ser leve , média ou moderadas necessidade em muitos casos de se usar uma prótese auditiva (AAS) , possuindo uma comunicação oral .O surdo possui perca auditiva profunda, tendo sefazer necessário a aquisição de estratégias visual para desenvolver idéias e suposições para elencar e estruturar seus processos cognitivos, possuindo assim uma áudio comunicação. Há algum tempo atrás atribuíam a dificuldade de aquisição de letramento aos surdos por pensarem que estes não possuíam a faculdade de raciocínio abstrato, , sendo este vinculado a inteligência ,os incapacitando de formarem processosmentais pertinentes a formação de idéias. este respeito Ceci (1990) argumenta que acapacidade de pensar complexamente esta quase sempre ligada a uma rica base de conhecimento obtida no contexto ou na prática. As pessoas inteligentes não são dotadas de um maior poder de raciocínio abstrato, o que elas tem é suficiente conhecimento num domínio para pensar de maneira complexa.. Tem se buscado muito formas de entender e representar uma estrutura compatível com a necessidade gramatical com morfemas e concordâncias nominal para língua de sinal brasileira Verifica-se a importância do oralismo em determinada épocas , pesavam que falando habilitariam as pessoas a fazerem parte da sociedade, mas apenas conseguiram terem mal falantes sem semântica e concordância incapazes de fazerem um frase com períodos composto e complexos.Com tentativas um tanto evasivas para tal educação passou a se procurar estratégias que possibilita os surdos a entenderem e formular estruturas básicas para interagirem socialmente. Skiliar, Carlos, 1945. Aponta o bilingüismo como uma forma completa e de fácil aquisição a comunidade surda , por essa ser uma língua natural da cultura , que não era um português interpretado para língua de sinais como na comunicação total , mas , possui toda uma estrutura lingüística e conceitual para paradigmática educação. Sendo esta, estabelecida por: Língua de sinais, leitura e escrita fala (opcional), sendo esse o direito das crianças surdas e uma Língua oficial paras serem educadas nela. O bilingüismo é tido como o melhor meio de construir estruturas lingüísticas e pensamentos complexos, porque o sujeito surdo através de experiências visuais passa de sinal simples , sinal composto e a sinal com combinações completas revelando assim , que todo individuo independentemente de sua herança genótipa e hesteriótipa possui a faculdade de se adaptar e interagir com seu meio social.Fonte: http://www.webartigos.com/articles/54894/1/PROCESSOS-DE-AQUISICAO-DA-LINGUA-MATERNA-SUJEITO-SURDO/pagina1.html#ixzz19ohQsypW

OBRIGADO..

Oração do professor




Senhor, tu me conheces.

Sabes onde nasci, sabes de onde venho, quem sou. Conheces minha profissão: sou professor.

Desde criança, tinha em mim um imenso desejo de ensinar. Queria partilhar vida, sonhos. Queria brincar de reger. Reger bonecos. Plantas. Reger as águas do mar que desde cedo aprendi a namorar.A todos ensinava, Senhor.

Criava e recriava histórias para senti-las melhor, para reparti-las com quem quisesse ouvir. Eu era um professor. Fui crescendo e percebi o quanto o sonho era real. Queria ensinar mesmo. Estudei. Concluí o curso universitário.
Hoje sou, de fato, um professor. Com diploma, certificado e emprego estável. Hoje não são bonecos que me ouvem, são crianças. Dependem tanto de mim. Do meu jeito. Do meu toque. Do meu olhar.

São crianças ávidas de aprender. E de ensinar. Cada uma tem um nome. Uma história. Cada uma tem um ou mais medos. Traumas. Têm sonhos. Todas elas, crianças queridas, sonham. E eu. Eu, senhor, sou um gerenciador de sonhos. Sou um professor.

Respeito todas as profissões. Cada uma tem seu valor,sua formosura. Mas todas elas nascem da minha. Ninguém é médico, advogado, dentista, doutor, sem antes passar pelo carinho, pela atenção, pelo amor de um professor.

Obrigado, Senhor.Escolhi a profissão certa. Escolhi a linda missão de partilhar.

Tenho meus problemas. Sofro, choro, desiludo-me. Nem sempre dá certo o que programei. Erro muito. Aprendo errando, também.

Mas de uma coisa estou certo: sou inteiro. Inteiro nas lágrimas e no sorriso. Inteiro no ensinar e no aprender.

Sei que meus alunos precisam de mim . E eu preciso deles. E por isso somos tão especiais. E nesta nobre missão de educar, nossa humanidade se enriquece ainda mais.

Sou professor. Com muito orgulho. Com muita humildade. Com muito amor. Sou professor!

Amém!

Gabriel Chalita