Acessibilidade e equidade do sujeiro surdo


Accessibility in communication and available senke
Por: Vanda Aparecida de Góes

Segundo Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); a comunicação permeia a prestação de serviços. Sem comunicação não há prestação de serviços. Assim como ocorre na comunicação, também a prestação de serviços envolve pelo menos um prestador ou emissor, ou seja, usuário ou receptor. Desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, passando pela Constituição Federal, de 1988, continuando com o Programa Nacional dos Direitos Humanos, de 1996, e a Lei da Acessibilidade, de 19.12.2000, todos esses ditames, bem como seus desdobramentos e regulamentações, impõem que haja equidade de direitos e acessibilidade. Mas o que seria essa equidade de direitos e acessibilidade? Segundo a linha de pensamento de Galasso (2005), além do respeito às diferenças e da igualdade de direitos, o conceito de inclusão pressupõe a eqüidade. Tendo em vista as diferenças existentes entre os indivíduos, alcançar a igualdade presume colocar à disposição das diferentes pessoas e inteligências as condições de acessibilidade e apoio de que necessitem para desenvolver e exercer a cidadania, tão plenamente quanto possível. No que diz respeito às pessoas surdas a garantia da igualdade de oportunidades exige, por exemplo, a eliminação de barreiras que limitem ou impeçam o desenvolvimento integral e o exercício da cidadania dessas pessoas. Tais barreiras podem ser: atitudes, como o preconceito; aspectos relativos à acessibilidade informação, como a ausência de códigos ou de pessoas conhecimentos básicos em sinais para o atendimento do surdo, aspectos relacionados à acessibilidade digital, como a falta de acesso à tecnologia da informação e da comunicação; observando que ainda possuímos muitos surdos que não possuem letramento ,barreiras de caráter pedagógico, como falta de treinamento adequado para professores funcionários comericais,, falta de recursos e materiais de apoio, etc. Esta Norma fornece diretrizes que promovem a acessibilidade na vida social tanto quanto na prestação de serviços, contornando as barreiras de comunicação existentes, por meio do princípio da redundância. Destina-se ao uso pelos prestadores de serviço que buscam o atendimento a demanda das pessoas com dificuldades na comunicação.
Sendo grande o atual potencial de mercado, e tendo visto que a legislação pertinente em vigor, o setor varejista (supermercados, hipermercados, lojas de departamento, móveis etc.), tem sido inadimplentes nesse área .Observando que por ter sofrido sofreu grandes transformações o nosso meio sócio econômico nos últimos 20 anos, simples lojas de produtos passaram a ser locais onde o consumidor passaria além de fazer compras a obter lazer. Isto se deu graças à modernização e investimentos em infra-estrutura norteados por grandes projetos arquitetônicos. A tarefa de fazer compras se transformou em uma “experiência agradável” para os consumidores que chegam a passar horas investindo seu tempo em suas compras. Dentro desse cenário de adaptações e de tentativa de deixar o consumidor muito mais à vontade enquanto realiza suas compras, torna-se imprescindível a adaptação de toda a rede varejista aos surdos.
Dessa forma subtendesse que oferecer atendimento de qualidade ao consumidor surdo, visando a praticidade que envolve a comunicação e por conseqüência um sistema de troca de mensagens onde não ocorra a segregação da comunidade surda, tendo como objetivo a possibilidade e condição de alcance para utilização do meio físico, meios de comunicação, produtos e serviços para pessoas surdo. Essa providencia são tão importante quanto as providencias que estão ocorrendo nos meios acadêmicos, porque de que valeria se ter uma segunda língua oficial no nosso país se os seus usuários não terem poderem usufruir dela.
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vanda goes
professora pesquisadora que atua na area de aquisição linguistca e letramento , estudos e estruturas de linguas maternas dos grupos existentes em nosso país
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Discutindo e refletindo sobre: PROFISSÃO INTÉRPRETE DE LIBRAS: O INTERLOCUTOR E SUA TRAJETÓRIA.


Por: Vanda Ap. Góes Bratifisch

A profissão intérprete que obteve sua regulamentação na lei 2005/6, está apenas retomando o seu posto deixado na era medieval, quando se era necessário que houvesse um interlocutor nas transações comerciais entre os países interessados. A diferença entre os antigos e atuais intérpretes era que estes eram treinados para traduzirem as conversações de uma língua para outra, mantendo toda estrutura morfológica e semântica da língua oficial. Essas práticas foram se ramificando em diversas áreas, se subdividindo em modalidades e contextos para atender a demanda existente. Entre muitos tipos de interpretação existentes na atualidade podemos citar: tradutor de textos interprete bilateral, guia-interprete (surdo-cego), interpretação sussurrada, interpretação em cadeia, interpretação religiosa, interpretação comunitária, intérprete audiovisual, intérprete jurídico, intérprete educacional, e os tradutores muito utilizados em congressos e convenções internacionais. A tudo isso devemos atribuir os avanços tecnológicos (TICS), a globalização a expansão do mercado de trabalho e da procura de pessoas capacitadas para atenderem a esse mercado de trabalho. O reconhecimento dos direitos humanos e da igualdade social fez com que surgissem crescentes divergências sobre as formas até então dispensadas aos sujeitos com dificuldades educacionais sendo todos exclusos e despriorizados em seu desenvolvimento cognitivo, motor e social. A comunidade surda de frente a nova realidade brasileira que politizava uma reforma radical e renovadora nas instituições educacionais, uma vez sendo o ECA INDEX a igualdade social e categoricamente contra a discriminação surge o PROJETO DE LEI Nº /2004 (Da Sra. MARIA DO ROSÁRIO)
Reconhece a profissão de Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Art. 1.º. Fica reconhecido o exercício da profissão de Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – Libras, com competência para realizar a interpretação das duas línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e interpretação de LIBRAS e Língua Portuguesa, com as seguintes atribuições: I – efetuar comunicação entre surdos e ouvintes; surdos e surdos; surdos e surdo-cegos; surdos-cegos e ouvintes, através da Língua Brasileira de Sinais para a Língua Oral e vice-versa; II – interpretar, em Língua Brasileira de Sinais/ Língua Portuguesa, as atividades didático-pedagógicas e culturais, viabilizando o acesso aos conteúdos curriculares, desenvolvidas nas instituições de ensino que ofertam educação fundamental, de ensino médio e ensino superior; Art. 2.º Os Intérpretes de Libras para o exercício de sua profissão deverão estar devidamente habilitados em curso superior ou de pós-graduação, em instituição regularmente reconhecida pelo MEC.
Mas quem é esse novo profissional? Qual seu perfil? Qual é a sua verdadeira identidade?
Segundo Brasel, “the Competence of interpreters for the deaf. In Selected reading in the” (1976 ), os seguintes preceitos éticos:
) confiabilidade (sigilo profissional);
b) imparcialidade (o intérprete deve ser neutro e não interferir com opiniões próprias);
c) discrição (o intérprete deve estabelecer limites no seu envolvimento durante a atuação)
d) distância profissional (o profissional intérprete e sua vida pessoal são separados);
e) fidelidade (a interpretação deve ser fiel, o intérprete não pode alterar a informação por querer ajudar ou ter opiniões a respeito de algum assunto, o objetivo da interpretação é passar o que realmente foi dito).
Apesar de se ter toda uma postura ética e formal regulamentada pela ABNT (Assistência Brasileira Normas Técnicas) ainda a muitas perguntas sem respostas que estão desequilibrando estudiosos e pesquisadores de diversas áreas por se tratar de um profissional em construção de sua identidade. Quando se fala em intérprete, praticamente direciona-se a fala ao interprete educacional proficiente e com competências lingüísticas em LIBRAS. Por ser esse o ponto de partida para todas as outras ramificações existentes nessa área. Quadros, (1997). Salienta a importância da busca e da garantia de se ter como segunda língua (L2) LIBRAS, pois, a língua de sinais e uma língua natural da comunidade surda, adquirida espontaneamente em contato com pessoas que usam essa língua. Temas pertinentes a essa nova metodologia intensifica a consistência de mecanismos informativos tanto para a formação inicial quanto a formação continuada, para que o professor tenha condições efetivas de desempenhar suas funções e que, essas precisam ser alicerçadas numa pratica investigativa em que o professor se torna pesquisador de sua própria ação.
A formação do professor se constitui numa das prioridades a ser assumida por um coletivo, criando condições reais para que o professor possa estar em constante processo de atualização. Nóvoa (1999); Abraham (2000); Archangelo, (2004). Skiliar, Carlos, 1945. Aponta esse novo educador com um perfil lingüístico bilíngüe, que deverá possuir habilidades e competências para aquisição da língua natural da comunidade surda, que esse profissional seja flexível quanto a estrutura lingüística e conceitual para atender a pragmática educacional, observando estruturas e reflexões estabelecida por: Língua de sinais , leitura e escrita fala (opcional),tendo domínio na L.F. (língua fonte) e L.A. (língua alvo). Sendo esse o direito das crianças surdas e uma Língua oficial pára serem educada nela. Mas e quanto o papel do intérprete? Qual sua postura frente à sala de aula?
O ato de interpretar envolve muito mais que o cognitivo lingüístico diante de possíveis intenções comunicativas especificas. O intérprete precisa estar completamente envolvido com estratégias, influenciando o objeto e o produto da interpretação fazendo escolhas quando necessário utilizando: Língua Fonte - Conhecimentos Técnicos - Escolhas apropriadas para interpretar. Segundo Roberts (1982), esse profissional deverá possuir pelo menos 6 (seis) habilidades específicas para desempenhar seu papel:
I. Competência lingüística, habilidade de entender o objetivo e expressar com influência..
II. Conhecer ambas as línguas ás transferindo sem distorcer a idéia em contexto, opinar e dar forma apropriada com competências metodológicas diante das circunstâncias.
III. Competências na área e conhecer o conteúdo na área.
IV. Competências biocultural, ou seja, competência bilíngüe, técnicas, postura, ênfase nos significados e não nas palavras.
V. Conhecimento do contexto e da cultura surda
VI. Ser inserido na comunidade surda.
O Eufemismo em que era tratado o aluno surdo considerado “aluno especial”, deu lugar a dicotomia de se existir 2 (dois) grupos: Os normais e os especiais e a condição de existir 2 (dois) profissionais na área da educação, o professor da sala regular e o professor especializado. Bueno, 1999, relata que á 2 (dois) tipos de formação docente, a aprendizagem de conhecimentos diversificados e o professor especialista que atua em diferentes áreas especiais, e que esses profissionais devem trabalhar como apoio e ter atendimento direto com o aluno. Sendo que a educação inclusiva é um processo contínuo pela escola regular, devendo esta ser adaptada a sua clientela e a cultura de sua comunidade, sendo esta participativa, e que o aluno com prioridades diferentes do regular possa usufruir plenamente do processo escolar . Aiskol (2004), aponta que para se ter uma inclusão de sucesso a escola precisa-se possuir três elementos básicos para garantir sociabilidade de seus alunos.

• Participação de sua comunidade.

• Oferecer condições necessárias.

• Acessibilidade pedagógica e comunicação.

Os PCNS em 1998, já consideravam inevitável um sistema renovável e modernizado. Os Projetos Políticos Pedagógicos, currículos, estratégias, ensino e ações já previam e procuravam adequar e atender os alunos. A inclusão para tanto é fundamental para respeito e igualdade de oportunidade fazendo uma ruptura da exclusão para o movimento da inclusão social, garantindo o acesso continuo, respeitando as diversidades e o desenvolvimento do aluno incluso, sendo todas partes de um sistema regular, mas, com modos diferentes. Hoje ao entrar em uma sala de aula a primeira observação deve ser qual é o tipo da minha clientela? A minha segunda observação, qual a necessidade e qual a pré-disposição que eu tenho para realizar o meu trabalho, e a terceira é a inevitável “como vou realizar de forma consistente, concreta e que faça a diferença, em minha prática pedagógica”. Pensando dessa forma poderia responder que literalmente a profissão interprete e sua trajetória se resume em poucas palavras “ aprender a aprender a recomeçar sempre que for necessário.
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